Mapa das terras indígenas do Acre
A história dos povos Pano no Acre é comum: do tempo dos antigos veio o tempo das correrias, as guerras que ocorreram com a ocupação do Acre por seringalistas e seringueiros desde o fim do século 19. Nestas guerras houve muita morte, escravidão ou submissão dos(as) índios(as) aos patrões no regime economicamente injusto da seringa. Nas correrias os povos indígenas literalmente saíam correndo, se refugiando em locais longínquos na floresta acreana, tipicamente nos altos (cabeceiras, ou nascentes) dos rios, onde hoje se localizam a maioria das terras indígenas. Neste processo se perdia muita coisa, como utensílios, sementes de suas plantações (este talvez seja o principal impacto) e a importante ligação com suas terras originárias, por exemplo os seus cemitérios. Além disso, o regime da seringa esfacelou as aldeias, pois cada seringueiro cuida de uma colocação distante (dispersa) uma da outra na mata, apenas acompanhado de esposa e filhos(as). Isto prejudicou muito a vida nas aldeias. Também perdeu-se boa parte da língua e inúmeros atributos e práticas culturais, pois a maioria dos seringalistas era violenta, exigindo que se aculturassem conforme sua cultura brasileira / nordestina (a maioria de origem cearense). Nessa situação, os índios no Acre, em geral, passavam a ter vergonha de falar sua língua e praticar seus costumes, sendo que mesmo entre eles instalaram-se práticas repressoras de auto-censura da língua e da cultura. Com o tempo da conquista de terras e demarcação, que teve início no final dos anos 70 do século 20, podia se ver a importância de se reconstituir os meios de expressão da cultura nativa que haviam sido perdidos: encontros e visitas, festivais, cerimonial sagrado, fala, pintura corporal danças, uso das medicinas tradicionais, etc. (Mariana Pantoja)
Diante destas problemáticas que o povo Pano sofreu no passado onde quase foram dizimados ,que Haru Kuntanawa se espelha em sua luta para o fortalecimento cultural, social e ambiental e que até os dias de hoje muitos se encontra abandonado no meio de uma política o qual não são incluídos.
A grande riqueza que o Acre possui em sua diversidade é a cultura indígena divida em mais de 15 etnias. Cada uma com sua particularidade representando o Acre com um rico Imaterial Cultural para o nosso Brasil.
Haux!!!!!!
Haux! Que continuem na luta e preservam a cultura Indígena com orgulho!
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